Existe uma estreita relação entre os meios de comunicação, suas arquiteturas informativas e a forma de nos relacionarmos com o meio ambiente. A passagem de uma estrutura comunicativa analógica frontal, baseada na separação entre emissor e receptor, para um modelo comunicativo reticular e interativo, cria uma profunda transformação na nossa relação com o território, inaugurando uma nova condição habitativa. Nesta, realiza-se o advento de um novo contrato natural no qual a natureza e o meio ambiente deixam de ser paisagem externa, imagem frontal, para assumir as formas de uma arquitetura relacional informativa, nem externa nem interna.
A partir desta
perspectiva, evidencia-se como as redes digitais contribuem para a
realização da passagem de um contrato social, baseado
exclusivamente nas relações entre os atores humanos, para uma nova
forma de contratualidade ecológico-comunicativa, reunindo os
coletivos-atores, humanos e não-humanos, que constituem os
componentes de uma inédita arquitetura social reticular, na qual a
tecnologia, o meio ambiente e os humanos são os membros interagentes
dos mesmos ecossistemas comunicativos.
Os autores do livro
Massimo Di Felice, Julliana Cutolo Torres e Leandro Key Higuchi
Yanaze fazem parte do ATOPOS, uma rede internacional de pesquisa
formada por pesquisadores de diversas áreas que, em diversos países,
investigam o impacto das tecnologias digitais nos distintos âmbitos
da sociedade atual.
O livro conta com o
prefácio do filósofo francês Michel Maffesoli, um dos criadores da
ideia de Ecosofia, que escreve sobre as redes sociais da cibercultura
pós-moderna.
Palavras-chave:
COMUNICACAO; COMUNICACAO DIGITAL; SUSTENTABILIDADE; TECNOLOGIA DA
INFORMACAO; REDES DIGITAIS; REDES SOCIAIS DIGITAIS E INTERATIVAS;
ECOSOFIA; MEIOS DE COMUNICACAO.
Classificação do Título no Acervo:
302.2 / D5361r (Unid. II - Ponta da Praia).
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